Desarmamento

VIVA RIO NA LIDERANÇA DA CAMPANHA DE DESARMAMENTO

A luta do Viva Rio pelo desarmamento começou em 1994. Em resposta à “Operação Rio”, uma ação de ocupação das ruas e morros do Rio de Janeiro pelas Forças Armadas, a instituição lançou sua primeira campanha de coleta de armas de fogo, a Rio Desarme-se. A ação buscava despertar a consciência de que a redução da violência passa pelo desarmamento da população.

Em 1998, o Viva Rio tornou-se um dos fundadores da Rede Internacional sobre Armas Pequenas e Leves (International Action Network for Small Arms – Iansa) com o objetivo de fortalecer os processos para controle de armas no mundo. No ano seguinte, em 1999, o Viva Rio lançou sua primeira campanha pelo desarmamento, a Rio, Abaixe Essa Arma! A atuação teve duas vertentes: coleta de armas, com o apoio de igrejas evangélicas; e coleta de assinaturas pela aprovação de um projeto de lei do Ministério da Justiça em prol   da restrição do comércio de armas leves no Brasil. Mais de 1,2 milhão de assinaturas foram enviadas a Brasília.

Além disso, o Viva Rio realizou uma pesquisa sobre armas e munições arroladas em processos judiciais, cujo descontrole impossibilitava determinar sua origem. O resultado desse estudo foi um importante subsídio para elaboração do Estatuto do Desarmamento.

2001: 100 MIL ARMAS DESTRUÍDAS NO BRASIL

Em 2001, o Viva Rio promoveu, no Aterro do Flamengo, a maior destruição simultânea de armas pequenas já realizadas no mundo. Foram destruídas 100 mil armas de fogo e as imagens do evento rodaram o mundo todo com grande repercussão na ONU. A ação fez parte da campanha Rio sem Armas, para eliminar as armas apreendidas pela polícia e evitar o seu retorno ao mercado ilícito.

A iniciativa contou com apoio do governo do estado do Rio de Janeiro e do Exército Brasileiro.

2002: 10 MIL ARMAS DESTRUÍDAS NO RIO

O Viva Rio, em parceria com o governo do estado e as Forças Armadas, deu continuidade à campanha de destruição das armas apreendidas pela polícia, iniciada no ano anterior. Em 2002, foram destruídas 10 mil armas de fogo no Palácio Guanabara, sede do governo do Rio.

Naquele mesmo ano, foi criado o site desarme.org, em parceria com a ONG argentina Espacios. O site estimula o debate sobre o controle de armas com a publicação (em português e espanhol) de notícias, pesquisas, leis e matérias sobre desarmamento, direitos humanos e promoção da paz. Depois, seu conteúdo foi incorporado ao portal Comunidade Segura, que tinha como foco a segurança pública do Brasil e de outros   países da América Latina.

2003: 2 MIL ARMAS DESTRUÍDAS NO RIO

Em 2003, o Viva Rio destruiu mais de 2 mil armas no estado do Rio de Janeiro. Nesse mesmo ano houve a campanha Brasil sem Armas, que reuniu aproximadamente 50 mil pessoas na orla de Copacabana manifestando apoio à aprovação do Estatuto do Desarmamento.

A instituição teve papel importante na criação do Estatuto do Desarmamento, que limita o porte de armas por civis.

2004/05: 500 MIL ARMAS ENTREGUES VOLUNTARIAMENTE E DESTRUÍDAS

NO BRASIL

Em cumprimento ao Estatuto do Desarmamento, o Ministério da Justiça organizou uma campanha de entrega voluntária de armas, com o apoio de diversas ONGs. A meta inicial era recolher 80 mil armas de fogo, mas, ao final, cerca de 500 mil armas foram entregues para destruição.

O Viva Rio atuou intensamente no processo, recebendo armas para danificação em sua sede e prestando assistência para 45 igrejas que também serviam de postos de recolhimento.

Em 2005, o Viva Rio foi a principal organização mobilizadora para o Referendo sobre a proibição da venda de armas e munições para civis.

O Referendo gerou um debate em escala nacional sobre a dramática situação da segurança pública, a necessidade de um maior controle de armas e a modernização da polícia. A proibição não foi aprovada, apesar de receber mais de 33 milhões de votos.