Argentina discute desarmamento na América Latina

Antonio Rangel Bandeira, do Viva Rio, participa de seminário sobre controle de armas na Argentina

O Viva Rio participou do seminário “Desarmamento da sociedade civil: por uma estratégia integral para a região”, realizado nos dias 7 e 8 de maio, em Buenos Aires. No encontro, foram discutidos a proliferação das armas de fogo e os programas de entrega voluntária de armas direcionados à população civil na América Latina.

Organizado pelo Ministério da Justiça e Direitos Humanos da Argentina, o seminário reuniu atores governamentais e não-governamentais que trabalham pelo controle de armas na região. As conclusões servirão de subsídio para a Declaração sobre Desarmamento da Sociedade Civil que deverá ser assinada pelos Estados-membros do Mercosul.

Além de ministros e representantes de órgãos do governo argentino, participaram do seminário representantes da sociedade civil organizada da Argentina, Uruguai, Peru, El Salvador, Venezuela e Brasil, entre eles, Antonio Rangel Bandeira, coordenador do Projeto de Controle de Armas do Viva Rio.

Fernanda de Souza, da Secretaria Nacional de Segurança Pública do Brasil, participou do painel “Políticas públicas implementadas pelos Estados em nível nacional e internacional”, que abordou as respostas dos Estados diante do problema das transferências e da circulação de armas de fogo entre os países da região e na sociedade civil.

De acordo com autoridades argentinas, já foram destruídas mais de 160 mil armas no país desde 2007. No Brasil, a Campanha Nacional de Desarmamento Voluntário, que completou um ano no dia 6 de maio, já recolheu mais de 48 mil armas de fogo.

Para Matías Molle, diretor do Registro Nacional de Armas da Argentina (Renar), o Programa Nacional de Entrega Voluntária de Armas dirigido à população civil deve fazer parte de uma política mais ampla que promova a inclusão social. “A violência armada é a expressão de uma violência geral que é muito mais complexa e precisa de soluções mais gerais. O desarmamento da população entra como uma ação específica.”

Assista a reportagem da Rede teleSUR da Argentina

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