Segurança humana e mediação de conflitos foram temas do treinamento de articuladores do Viva Rio

Renato Freitas, coordenador de Diversidade do Viva Rio, foi quem palestrou sobre o tema

 

13/01/2023

Segurança humana, diversidade e mediação de conflitos foram os principais temas abordados no treinamento realizado pelo Viva Rio para Articuladores Sociais que atuam nos territórios das unidades de saúde e projetos administrados pela instituição. Os trabalhos foram orientados pelo coronel Ubiratan Ângelo, gerente de Compliance do Viva Rio, e pelos coordenadores Renato Freitas, Diversidade, e Pedro Braum, Segurança Humana. Uma roda de conversa sobre articulação comunitária fechou o dia de aprendizado e trocas de experiências.

A importância dos direitos humanos no trabalho de articulação foi um dos principais tópicos do treinamento, que também abordou a questão do preconceito, da discriminação, e do respeito à diversidade de etnias, gêneros e orientações sexuais. 

Osmar Vargas, coordenador de Articulação do Viva Rio, explica que essa capacitação reforça as atividades que os articuladores já desenvolvem em seu cotidiano. “São conhecimentos técnicos e troca de experiências sobre vários temas.  Já aplicamos, diariamente, conceitos como conformidade, direitos humanos e mediação”. Osmar descreve a articulação como “uma ponte, que liga um ponto a outro ou uma escada, que ajuda outros a subirem”. 

Jonas Cypriano, articulador social na Área 3.1 (Zona Norte), que atua nos bairros da Penha, Brás de Pina, Cordovil e Jardim América, foi um dos que participaram do treinamento. “Pudemos expressar o que pensamos e sanar dúvidas. Foi muito produtivo, vou levar todos os conhecimentos para minha vida”, relata. 

Para Jonas, a articulação tem o papel de levar informação a todos, especialmente as pessoas mais pobres. “Construímos pontes para levar os serviços para as comunidades, para dar à população acesso a informações e serviços de saúde. Ajudamos a promover campanhas para aproximar profissionais de saúde e moradores”. 

Os ensinamentos também ajudam a solucionar problemas que podem impedir o bom funcionamento da unidade de saúde. Jonas relata que, em determinada unidade, foi detectada a ocorrência de furtos. “Com a chegada da articulação, fizemos uma aliança com a associação de moradores local, bastou para que o responsável fosse identificado. Era um usuário de crack, conversamos com a família e hoje não há mais histórico de furto”. 

 São 17 Articuladores Sociais divididos entre o Hospital Albert Schweitzer e as Áreas Programáticas 5.2, 3.1 e 2.2 

 

A Articulação do Viva Rio 

Presente no Viva Rio desde a fundação, o setor de Articulação é parte importante do trabalho da instituição. Dialogar com a população e lideranças locais, mediar conflitos e ajudar na resolução de problemas são algumas das funções dos articuladores sociais. 

São 17 os articuladores do Viva Rio que trabalham no Hospital Municipal Albert Schweitzer, localizado em Realengo, e nas Áreas Programáticas 5.2 (Zona Oeste), 3.1 (Zona Norte) e 2.2 (Grande Tijuca). 

Osmar Vargas explica que, na atenção primária – onde está a maior parte da equipe – o papel da articulação é criar vínculos com a população das regiões e participar das atividades de fortalecimento da saúde da família. “Criamos laços com a sociedade civil e com o usuário para fortalecer a atenção básica nos territórios”, explica.  

Graciane Cristina Silva é articuladora social do Viva Rio há um ano e sete meses e atua de forma fixa no território do Hospital Albert Schweitzer. Para ela, os laços que criam com o entorno da unidade facilitam o trabalho dos funcionários e a prestação de bom atendimento para a população local.

“As visitas, reuniões e encontros com atores sociais locais permitem que a gente esclareça e apresente o trabalho do hospital. Quando a gente se aproxima do território, o diálogo fica mais fácil, é mais provável que eles tenham a liberdade de questionar algum atendimento, por exemplo. Nosso trabalho também nos ajuda a receber informações sobre o território para cuidar da chegada do funcionário, especialmente porque atuamos em áreas periféricas”, conta Graciane Cristina.

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