O Cristo Redentor ficou iluminado pela cor vermelha por uma hora, neste domingo (14) – Dia Mundial do Doador de Sangue –, em homenagem a todas as pessoas que separam um tempo durante sua rotina para serem doadoras voluntárias. A ação foi fruto de uma parceria entre a Arquidiocese do Rio de Janeiro, o Hemorio e o Viva Rio, através da campanha “Salvando Vidas, Gota a Gota”.

Cristo Redentor iluminado pela cor vermelha em homenagem ao Dia Mundial do Doador de Sangue | Foto: Vitor Madeira
Todos os anos, nações são escolhidas para levantar a bandeira da doação de sangue voluntária. Em 2015, sob o tema “Obrigado por salvar minha vida”, o Brasil foi nomeado como anfitrião na região das Américas e a China a nível global. Os principais objetivos da campanha, que tem como slogan, “Doe voluntariamente, doe muitas vezes. Doar sangue é importante”, são de agradecer aos doadores por suas doações e pedir às pessoas de todo o mundo que procurem fazer o mesmo regularmente.
As transfusões de sangue e hemoderivados ajudam a salvar milhões de vidas a cada ano, aumentam a esperança e a qualidade de vida de pacientes com condições de risco, além de apoiar procedimentos médicos e cirúrgicos complexos. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que o número de doadores de um país seja de 3% a 5% do total da população. Contudo, segundo dados do Ministério da Saúde, este índice no Brasil não chega a 2%: são apenas 3,6 milhões de bolsas de sangue por ano.

Cartaz da campanha das Organizações Nações Unidas para o Dia Mundial do Doador de Sangue | Arte: Divulgação
Responsável por cerca de 70% do sangue consumido no Rio de Janeiro, o Hemorio está com uma acentuada queda desde o início de maio. “Atualmente recebemos uma média de 250 candidatos à doação de sangue por dia, mas o ideal seria que recebêssemos o dobro” afirma o diretor-geral do Hemorio, Dr. Luiz Amorim.
O reitor do Santuário Cristo Redentor, Padre Omar Raposo, lembra que a doação é um ato de amor à vida. “Jesus derramou todo o seu sangue na cruz, pela salvação da humanidade. Ele não se poupou e nós devemos seguir o seu exemplo. Apenas um pouco do nosso sangue pode restituir a saúde a alguém e até mesmo salvar vidas. Esse voluntariado é próprio de quem ama”, afirma.

Mais de três mil doadores já foram encaminhamos pela campanha “Salvando Vidas, Gota a Gota” | Foto: Vitor Madeira
Coordenadora do programa de Voluntariado do Viva Rio, Cibele Dias explica que doar sangue é fácil, rápido e não dói. Um gesto simples, que pode salvar até três vidas. “Queremos que as pessoas desenvolvam o hábito de doar sangue, não apenas em situações de emergência. A vida de quem precisa de sangue depende disso e não pode esperar”, destaca.
O setor promove há três anos a campanha “Salvando Vidas, Gota a Gota”, que já encaminhou mais de três mil doadores às unidades de coleta da cidade. A ação é desenvolvida em parceira com o Hemorio e as demais hemoterapias, a Prefeitura do Rio, além de associações comunitárias, igrejas e empresas.
Qualquer pessoa com peso acima de 50 quilos e idade entre 16 e 69 anos pode doar sangue. Mulheres precisam respeitar o intervalo de três meses entre as doações e homens, de dois meses.
Sobre a data:
A data marca o nascimento do médico austríaco Karl Landsteiner, ganhador do Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina em 1930, pelo descobrimento do sistema AOB de tipagem sanguínea.
(Texto: Flávia Ferreira, com informações da ONU | Foto: Vitor Madeira e Amaury Alves)