Encontro do núcleo de Ensino e Pesquisa do Viva Rio discute política de redução de danos

Roda de conversa aconteceu na sede da instituição, em Ipanema

 

30/09/2022

O núcleo de Ensino e Pesquisa do Viva Rio promoveu, na tarde dessa quinta-feira (29), uma roda de conversa na sede da instituição com o tema “A política de redução de danos e o paradigma da abstinência às ações de liberdade: desafios e relatos de experiência”. O bate-papo foi transmitido ao vivo pelo Youtube.  

O encontro contou com a presença da socióloga e Diretora Executiva do Viva Rio, Marília Rocha, e da psicóloga e integrante do núcleo de Desenvolvimento Social do Viva Rio, Jaciléa Santos, que compartilharam suas experiências com o Casa Viva, projeto administrado pelo Viva Rio em cogestão com a prefeitura, que oferecia amparo e acolhimento para adolescentes que faziam uso abusivo de álcool ou outras drogas. 

O Superintendente Estratégico da instituição, Rubem César, também esteve presente e relembrou os desafios do Casa Viva, projeto que segundo ele foi inovador e ganhou visibilidade na questão do uso prejudicial de drogas. 

Jaciléa Santos, que fazia o acompanhamento e supervisão técnica das cinco casas do projeto, relata como foi participar do Casa Viva. 

“Dentro das propostas inovadoras que o Viva Rio sempre apresentou, é óbvio que foi maravilhoso. Mas ao mesmo tempo foi um projeto muito rico que nos fez pensar como dialogar a questão dentro dessa proposta de redução de danos. Não seria possível se a gente não tivesse um diálogo tão aproximado e uma relação tão estabelecida com a saúde mental, pensando de forma singular cada caso. Trouxe muito aprendizado”.

Marília Rocha, que também atuou no projeto, conta que foi pensado para ter uma aparência de casa, onde os jovens se sentissem à vontade. “Eram estruturadas como casas mesmo, com sala, tapete, TV… O objetivo era que entendessem que estavam em um espaço de convivência. Eram espaços abertos, onde o adolescente saía para fazer outras atividades, como consultas médicas e atendimento psicológico”, lembra. 

O projeto Casa Viva começou em 2013 e funcionou até meados de 2017. Ao todo, foram cinco casas de acolhimento, sendo duas delas femininas e no geral atendia adolescentes com idade entre 12 e 18 anos incompletos. 

 

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