Cannabis medicinal é tema de roda de conversa do núcleo de Ensino e Pesquisa do Viva Rio

Da esquerda para a direita: fundador do Viva Rio, Rubem César Fernandes, fundadores e diretores da Apepi,  Margarete Brito e Marcos Lins Langenbach

 

01/09/2022

O núcleo de Ensino e Pesquisa do Viva Rio promoveu na tarde dessa quarta-feira (31) mais uma roda de conversa na sede da instituição, em Ipanema. Dessa vez, o tema do encontro foi “Cannabis Medicinal: benefícios, pesquisas e regulação” e contou com a presença dos fundadores e diretores da Apepi (Apoio à Pesquisa e Pacientes de Cannabis Medicinal), Margarete Brito e Marcos Lins Langenbach, junto com parte de sua equipe. 

Os criadores da Apepi contaram um pouco de sua trajetória, que começou em 2013 com o  descobrimento do uso da planta como remédio para tratar as convulsões da filha, Sofia Langenbach, causadas por uma síndrome rara. Além disso, explicaram como funciona a organização, falaram sobre as pesquisas acadêmicas existentes sobre o tema e os benefícios do uso da Cannabis na medicina.  

De acordo com Margarete Brito e Marcos Lins Langenbach, estudos mostram que a Cannabis pode aliviar sintomas e auxiliar no tratamento de diversas doenças como Alzheimer, Parkinson, glaucoma, aids, autismo, dores crônicas, câncer, fibrose cística e hepática, enxaqueca, diabetes, transtorno de ansiedade e depressão. 

Para o diretor e fundador da Apepi, Marcos Lins Langenbach, trazer o tema Cannabis para o Viva Rio é uma forma de dialogar com muitos médicos e ampliar o conhecimento desses profissionais sobre o uso medicinal da planta, tendo em vista que o Viva Rio administra dezenas de unidades de saúde no Rio de Janeiro. 

“A parceria com uma instituição como o Viva Rio, que trabalha com hospitais e médicos de vários locais do estado, aumenta a visibilidade da Cannabis e ajuda a desmistificar o tratamento feito com o uso da planta. Além de grande quantidade de médicos alcançados, através do Viva Rio, outras parcelas da população também podem conhecer os benefícios da Cannabis. Precisamos ampliar o reconhecimento da seriedade do tratamento para que seja possível mudar a regulamentação e facilitar o acesso.

Para a integrante do núcleo de Ensino e Pesquisa e analista de informação do Viva Rio, Eliza Montalvão, é importante que haja mobilização em todas as categorias de profissionais de saúde quanto ao estudo da Cannabis medicinal e, sobretudo, que o conhecimento e tratamento chegue às favelas e periferias. 

 

Conheça a Apepi 

O trabalho da Apepi, que começou a partir de reuniões com familiares de pacientes com epilepsia, hoje conta com uma fazenda em Paty de Alferes, município do Rio de Janeiro, onde é feito todo o processo de plantio da Cannabis, que beneficia os mais de quatro mil associados da organização.  

Os serviços e produtos e produtos oferecidos são: produção e fornecimento de óleos da  fazenda; comunidade virtual de trocas; consultas médicas; materiais educacionais,  conscientização e pílulas de reflexão; Seminário Internacional; APEPI ESCOLA: on-line de cultivo, extração e presencial de médicos; visita a Fazenda (Apepi Tour).

Conheça mais sobre sobre a Apepi no site https://www.apepi.org/. 

 

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