Evento reuniu mais de 60 crianças e adolescentes na sede do Viva Rio
28/09/2022
Em continuidade às ações do Setembro Amarelo, o Viva Rio promoveu nesta quarta-feira (28) um evento para crianças e adolescentes do projeto de Natação Comunitária e Projeto Acolher, com idades entre cinco e 16 anos. A palestrante foi a psicóloga infantil do Hospital Municipal Albert Schweitzer, Natália Arruda, que falou sobre a importância de fortalecer a saúde mental das crianças e jovens.
O evento, organizado pelo programa Cuidando de quem cuida, aconteceu na sede da instituição e reuniu mais de 60 alunos dos projetos em uma tarde marcada por aprendizados, dinâmicas, abraços e doces. Utilizando placas que apresentavam rostos com diferentes expressões (como raiva, tristeza, medo e alegria), a psicóloga Natália Arruda reforçou a importância de falar sobre o que se sente para aprender a lidar com as emoções.
Dados do Ministério da Saúde apontam um aumento de 81% nas taxas de mortalidades de adolescentes por suicídio de 2010 a 2019, passando de 606 óbitos e de uma taxa de 3,5 mortes por 100 mil habitantes, para 1.022 óbitos, e uma taxa de 6,4 suicídios para cada 100 mil adolescentes. Para Natália Arruda, incentivar as crianças a comunicarem seus sentimentos é uma forma de ajudá-los a lidar com as emoções quando forem adultos.
“O sofrimento das crianças precisa ser validado. Muitas vezes a gente não consegue ter a sensibilidade de perceber que aquele medo do escuro, por exemplo, é algo que as aterroriza. No caso dos adolescentes, eles têm se isolado muito quando se sentem tristes e angustiados. A proposta do Setembro Amarelo para crianças é incentivar que falem sobre qualquer sentimento para que quando cheguem na juventude e fase adulta tenham essa prática e se sintam confortáveis para buscar ajuda”, explica a profissional.
Para a coordenadora do Acolher, Claudia Amaral, além da relevância de falar sobre as emoções das crianças e adolescentes, também é essencial a união dos vários projetos que acontecem no Viva Rio e nas comunidades no entorno.
“Sempre temos que falar para as crianças mostrarem suas emoções , seja quando estão com raiva, tristes ou felizes. Para as crianças que a gente atende no projeto, até mostrar felicidade é uma dificuldade. Esse tipo de evento potencializa o Projeto Acolher, a Natação Comunitária, todos os projetos que temos aqui. Essa união é importantíssima”.