Viva Rio mapeia áreas de risco nos morros da Formiga e do Salgueiro

Mais de 100 pontos foram identificados com a participação da população e lideranças locais

Oficina de mapeamento no Morro da Formiga 

 

O Viva Rio criou um projeto comunitário para mapear riscos e locais seguros em favelas cariocas, com o objetivo de prevenir desastres e preparar a população para agir em casos de emergência. Os Morros da Formiga e do Salgueiro, localizados na Tijuca, foram pilotos deste trabalho. Nas duas comunidades, foram identificados, ao todo, 176 pontos, que incluem ameaças ambientais, áreas de risco, vulnerabilidades sociais, de edificações e de saúde, além de espaços de apoio. 

Mais de 100 desses pontos são áreas e situações que podem ocasionar riscos à população, como descarte irregular de lixo, edificações em encostas e locais de alagamento. O mapeamento foi realizado com oficinas e trabalhos de campo que tiveram a participação de 70 pessoas, entre moradores, lideranças comunitárias, agentes de saúde e profissionais do Viva Rio. Os espaços de apoio incluem unidades de saúde (Clínicas da Família), quadras, igrejas e sedes de instituições relevantes para as comunidades. 

A ação faz parte do Plano de Prevenção e Respostas aos Riscos e Desastres nas Comunidades, criado pela Segurança Humana e Articulação Comunitária do Viva Rio em 2024, com apoio da Defesa Civil Municipal e da Secretaria de Saúde do Rio. O projeto também teve a parceria das associações de moradores da Formiga e do Salgueiro e outros coletivos locais.

Além da identificação de ameaças, também foram promovidos treinamentos em Prevenção e Defesa Civil, Primeiros Socorros e Múltiplas Vítimas e Prevenção e Combate a Incêndios, que capacitaram 225 pessoas.

Emerson Menezes, morador do Morro do Salgueiro e presidente do Instituto Sal-Laje, foi um dos parceiros do projeto e participou das oficinas de mapeamento. “Foi importante para que eu conhecesse algumas áreas do território ainda desconhecidas para mim. A iniciativa trouxe aos moradores a conscientização sobre os espaços que devem ser detectados como de ameaça e os que devem ser preservados. O projeto nos fez ver que somos responsáveis por proteger as regiões de mata, os pontos de apoio e de coleta de lixo, por exemplo”, comentou. 

A próxima etapa é transformar esse conhecimento em uma cartilha para as duas comunidades, com informações acessíveis sobre como evitar riscos e agir em caso de desastres. O material também vai ajudar as unidades de saúde no planejamento de ações de prevenção e no fortalecimento da capacidade local de resposta.

Confira mais fotos das oficinas de mapeamento. 

Texto: Raquel de Paula

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