5/12/2016
O Viva Rio realiza quinta-feira (08), das 9h às 17h30, um seminário para lançar uma coletânea com sete Tecnologias Sociais (TS RIO), manuais que pretendem funcionar como ferramentas para solucionar problemas sociais. “Não se trata de um produto final, mas de algo em evolução”, esclarece Carlos Roberto Fernandes, gerente de Gestão de Projetos da instituição.
Realizado a partir da parceria com a Corporacion Andina de Fomento (CAF), entre os temas analisados está a Polícia Pacificadora, estudada a partir de entrevistas com especialistas e pesquisas em livros e artigos. A atual crise do projeto das Unidades de Polícia Pacificadora (UPP)s enfrentada pelo Estado do Rio, pode ser ideal para este tipo de lançamento, avalia Carlos Roberto.
“O estudo começou em 2013, quando constatamos que as UPPs seguiam uma metodologia empírica, não sistematizada. A ideia foi envolver nossa equipe de segurança na sistematização do que passamos a chamar de polícia de aproximação, que incluiu as experiências de Salvador, na Bahia e do Panamá”, exemplificou.
No site www.tsrio.org.br, é possível acompanhar o projeto, que inclui uma visão panorâmica de cada área abordada – Articulação Comunitária, que está no DNA do Viva Rio; Biodigestores; Educação para emancipação; Resíduos Sólidos, descarte e reciclagem; Saúde e Turismo de Base Comunitária, além de Polícia Pacificadora – e ainda os riscos que cada uma delas oferece. “Como riscos podem ocorrer, oferecemos algumas das melhore estratégias para mitigá-los”, explica Carlos Roberto.
O objetivo dos manuais, que inicialmente serão apresentados em PDFs e em publicações a partir de 30 de dezembro – distribuídas entre instituições parceiras e governamentais -, é fazer uma ponte entre a instituição e o poder público para aprimorar e sistematizar as tecnologias sociais que levem à adoção de novas políticas públicas. “Não se trata de um material acadêmico, mas de algo que agrega conhecimento para aprimorar as tecnologias sociais”, completa.
Se algum estado da federação se interessar em colocar em prática os manuais, “é só vir aqui buscar conosco a informação”. Está prevista a ampliação dos alvos de estudo e o próximo projeto de tecnologias sociais pode envolver as trilhas urbanas existentes no Rio de Janeiro, hoje pessimamente exploradas.
(texto: Celina Côrtes | Fotos: Divulgação)