A segunda unidade reformulada do projeto Casa Viva, que irá acolher até 20 adolescentes do sexo feminino usuárias de crack e outras drogas, foi inaugurada pelo Viva Rio e a Secretaria Municipal de Desenvolvimento social nesta quinta-feira, dia 26.
Situado no bairro de Jacarepaguá, Zona Oeste do Rio, o centro conta com laboratório de informática, biblioteca, sala de jogos, brinquedoteca e área de convivência. As meninas, cujas idades variam entre 12 e 17 anos, frequentarão a escola e serão acompanhadas por técnicos das secretarias municipais de Saúde e de Educação. Além disso, vão participar de atividades nas áreas de cultura, esportes e lazer, com infraestrutura voltada para a reinserção social.
Durante a cerimônia de lançamento, o secretário de Desenvolvimento Social e vice-prefeito, Adilson Pires, alertou as adolescentes sobre o falso sentimento de onipotência típico da faixa etária. “Quando somos jovens, achamos que podemos tudo e estamos sempre no controle. Só que não é bem assim.” Ele também afirmou que o projeto almeja dar as meninas o que lhes é de direito: um futuro melhor. “No momento, vocês estão sentadas me ouvindo falar. Daqui a alguns anos, quero que essa situação se inverta.”, completou.
Representante do diretor executivo do Viva Rio Rubem César Fernandes, o coordenador Tião Santos aconselhou as meninas a nunca deixarem de sonhar. “O sonho é a coisa mais democrática que existe. Todo mundo pode sonhar, independentemente de cor, credo ou condição social. Quando mais ousado for o sonho de vocês, mais longe irão chegar”, disse.
A unidade de Jacarepaguá é a segunda de cinco centros de acolhimento que serão inaugurados até o fim de 2013. Ao todo, cem vagas serão disponibilizadas a jovens usuários de drogas. Criado em 2008 pela prefeitura do Rio de Janeiro, o projeto passou por um processo de ampliação, agregando políticas de saúde, educação e assistência social.