O Viva Rio e a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social inauguraram a terceira unidade do projeto Casa Viva nesta quinta-feira, dia 24. O espaço poderá acolher até 20 meninos, com idades entre 12 e 17 anos, que fazem uso abusivo de drogas, principalmente crack.
Situada em Del Castilho, Zona Norte do Rio, a casa dispõe de laboratório de informática, biblioteca, sala de jogos, brinquedoteca, área de convivência e piscina. Os jovens acolhidos frequentarão a escola e serão acompanhados por técnicos das secretarias municipais de Saúde e de Educação. Além disso, vão participar de atividades nas áreas de cultura, esportes e lazer, com infraestrutura voltada para a reinserção familiar e comunitária.
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Acolhidos utilizam laboratório de informática da Casa Viva de Del Castilho: espaço poderá receber até 20 meninos de 12 a 17 anos
A cerimônia de inauguração contou com a presença do vice-prefeito e secretário municipal de Desenvolvimento Social; Adilson Pires; secretário estadual de Assistência Social e Direitos Humanos, Zaqueu Teixeira; do diretor executivo do Viva Rio, Rubem César Fernandes, entre outras autoridades.
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Adilson Pires, ao lado de Rubem César Fernandes e outras autoridades, apresenta placa da Casa Viva de Del Castilho
Em seu discurso, Rubem César afirmou que as Casas Vivas quebraram paradigmas ao unirem diversas instâncias públicas e a sociedade civil em prol de um único projeto. “Essa integração é um processo difícil. E as leis de drogas brasileiras são atrasadas, o que complica ainda mais a execução de ações como a que vemos aqui hoje”, acrescentou.
Já Zaqueu Teixeira reconheceu a importância do projeto, que pode servir de espelho para outras iniciativas em todo o país. “A mensagem que as Casas Vivas deixam é a de que existem soluções para o problema das drogas, desde que os governos trabalhem juntos”.
Citando a música “Metamorfose Ambulante”, de Raul Seixas, Adilson Pires ressaltou que a fórmula das Casas Vivas irá acompanhar as mudanças do contexto em que o projeto se insere. “A rua é atrativa, logo o acolhimento também deve ser. Devemos sempre saber o que acontece lá fora ”, resumiu.