Fortalecer a segurança alimentar e permitir a geração de trabalho e renda tornaram-se pontos importantes na atuação do Viva Rio após a formação do primeiro campo de desalojados do terremoto que atingiu o Haiti, em 2010. Como parte desta frente de trabalho, foram doadas 2 mil mudas para cultivo no bairro de Canaan, durante evento Jornada do Trabalho e da Agricultura, nesta quinta-feira.

Haitianos recebem mudas doadas pelo Viva Rio, durante evento no Haiti, para cultivar no bairro Canaan
Foram priorizadas na doação, as plantas mais adaptadas ao clima quente e árido do Haiti. Nas alimentícias estavam o Kachiman (annona squamosa), Kowosol (Annona muricata),Papay (Carica papaya), Benzoliv (Moringa oleífera) e Seriz (Malpighiapunicifolia); nas madeiráveis foram incluídas a Adatoda (Adhatoda vasica), Bayawonn (Prosopis juliflora) e Nim (Azadirachta indica); e nas ornamentais: Flanbwayan (Delonix regia), Kasya (Cassia siamea) e Zanmann (Terminalia catappa).
Coordenador do Programa Ambiental do Viva Rio Haiti, Valmir Fachini explicou que “como existe muita aridez e falta de água doce nesta região, o reflorestamento irá proporcionar uma maior capacidade de infiltração de água de chuva hoje inexistente pela falta de arborização.

A ação contou com o apoio dos moradores locais, Policia Nacional do Haiti e das forças brasileiras no Haiti
Esta ação está dentro do plano do governo central do Haiti, que prevê o plantio de 1 milhão de árvores no país. O Viva Rio contribui com mudas, sensibilização das comunidades, cursos de coletas de semente e cultivo em viveiro natural, onde é utilizado composto orgânico oriundo dos biossistemas integrados implantado pela instituição a partir de 2009 no país caribenho.
Esta ação foi realizada em parceria com a Polícia Nacional do Haiti, o batalhão brasileiro e a comunidade local.
(Texto: Flávia Ferreira/Foto: Viva Rio Haiti)