A Revista Multimídia #22 do Viva Favela está no ar! Com 10 reportagens produzidas pelos correspondentes comunitários e pela Redação, o tema “Favela é Cidade” propôs reflexões sobre o contexto favela-cidade e o papel que os agentes sociais desempenham dentro deste cenário. Lançada na terça-feira (31), a Revista teve como editor convidado o sociólogo José Luiz Sousa Lima.
Na pauta, estão as tecnologias de baixo custo para impacto social; a esperança de um legado que será deixado pela desdobramento do projeto das UPPs; a força empreendedora dos moradores de favelas; a regularização fundiária; as dificuldade de combater o preconceito à moradia; e projetos de melhoria habitacional.
O tema surge em um momento de profundas mudanças no Brasil. Segundo a pesquisa do Instituto Data Popular, divulgada em 2013, o PIB das favelas brasileiras já alcançou a soma de mais de R$56 bilhões ao ano. Enquanto o cenário político e econômico passam por turbulências, a favela segue reinventando seus modos de vida.
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Na década de 1990, durante o governo municipal de César Maia, algumas favelas foram alçadas à alcunha de bairros, mas o tratamento dado a umas e a outras ainda está longe de ser igualitário. Já não teria passado da hora de se pensar em políticas públicas para tratar de questões próprias das favelas?
O caso da Rocinha, vizinha de um dos bairros com maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da cidade, é exemplar desta diferença que ainda persiste. Enquanto a favela conta com uma estrutura de serviços e comércio à disposição de seus moradores, a favela sofre com graves problemas de infra-estrutura, falta de saneamento básico, água e de luz e – é claro – violência, seu vizinho rico segue com o seu direito à cidade garantido.
(Texto: Redação Viva Favela | Foto capa: Walter Mesquita | Arte: Carollina Bulcão)