Um mês após o assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes, o crime que chocou o Brasil e reverberou no mundo inteiro segue sem explicação.
13/4/2018
Pessoas de dezenas de cidades participarão amanhã (sábado, 14/04) pela manhã de uma ação para reafirmar as lutas de Marielle e cobrar respostas das autoridades. A ideia é colorir praças e promover conversas.
Um dos locais onde a ação vai acontecer é no Largo da Glória, em frente ao Viva Rio. Veja o evento no Facebook aqui. Mais informações sobre a ação nessa matéria ou aqui.
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O Viva Rio nasceu em 1993 da indignação com a violência no Rio de Janeiro. Desde então tanto a instituição quanto a cidade mudaram muito, mas a construção da paz continua sendo um dos pilares do Viva Rio e a segurança pública vive uma crise ainda maior do que a de 25 anos atrás.
Hoje o Viva Rio atua diretamente no Complexo da Maré e em mais de 100 comunidades do Rio de Janeiro. Um dos objetivos desse trabalho, como descrito aqui, é “amplificar as vozes dos territórios e das minorias” na medida em que “as favelas e periferias têm muito a dizer, mas nem sempre são ouvidas”.
Marielle, negra bissexual nascida e criada na Maré, formada em sociologia e mestre em administração pública, quinta vereadora mais votada do Rio de Janeiro, simbolizava como ninguém a possibilidade de a favela se fazer ouvir pelo que pensa, sofre, produz e reivindica.
O assassinato de Marielle é de uma violência absurda contra a favela, contra a mulher negra, contra a democracia e contra a já tão combalida esperança na política. A julgar pelas mobilizações que acontecem em todo o Brasil desde a morte da vereadora, no entanto, quem lhe tirou a vida fracassou espetacularmente em calar sua voz.
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Muitas informações falsas sobre a vida e a atuação de Marielle Franco começaram a circular após o assassinato da vereadora. Aqui você encontra uma compilação dessas mentiras e alguns dados verdadeiros sobre Marielle.