O Monumento Natural das Ilhas Cagarras (MoNa Cagarras), localizado em frente à praia de Ipanema, terá Plano de Manejo. Uma oficina temática com a participação de todos os conselheiros iniciou a elaboração do texto-base, levantou as diretrizes que viabilizarão a conservação da biodiversidade local e definiu as ações de proteção e o modelo de administração da unidade. A ideia é que o documento seja lançado no inicio de 2014.
A coordenadora da Unidade de Conservação das Cagarras, Fabiana Bicudo, liderou a reunião que teve como objetivo traçar as diretrizes que serão incluídos no texto final. “Esse foi o principal momento de todo o processo de estruturação do documento e todas as proposições apresentadas neste encontro serão compiladas e incluídas no plano de Manejo”, informou.
O Plano de Manejo é um documento elaborado a partir de diversos estudos, incluindo diagnósticos do meio físico, biológico e social. Ele estabelece as normas, restrições para o uso, ações a serem desenvolvidas e manejo dos recursos naturais da Unidade de Conservação. Inclui medidas para promover a integração da unidade à vida econômica e social das comunidades vizinhas e elabora as regras para visitação.
Fabiana informou que, para a criação de um plano que abranja toda a biodiversidade, é necessário que os pesquisadores se comprometam a entregar os relatórios de estudo realizados com autorização do governo. Das 29 pesquisas produzidas desde 2010, somente 6 foram entregues. “É fundamental que os pesquisadores tenham consciência que é com base nesses estudos que conseguimos gerir o arquipélago da melhor forma, pois obtemos maior conhecimento sobre a sua biodiversidade”, disse Bicudo.
Os especialistas indicaram como prioridade a ser inserida no Plano de Manejo, a conservação e proteção de todas as sete ilhas (Laje da Cagarra, Cagarra, Filhote da Cagarra, Matias – ou redonda-, Praça Onze, Comprida e Palmas) que compõe o arquipélago. Também definiram como principal preocupação a criação de um programa de monitoramento constante de toda a biodiversidade local, restringindo a visitação em alguns pontos estratégicos e proibindo-a em toda a Ilha Redonda.
Estiveram presentes representantes de órgãos públicos federais, estaduais e municipais, universidades, organizações da sociedade civil, além de pesquisadores e especialistas, que integram o conselho consultivo do MoNa Cagarras. Criado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), em 2010, ele tem como finalidade implantar unidades de conservação e zelar pela sua preservação.
Saiba mais sobre a biodiversidade local
Organizações que fazem parte do Conselho Consultivo do MoNa Cagarras:
Alerj,
Associação Brasileira das Empresas de Turismo de Aventura (ABETA),
Associação dos Pescadores Livres e Amigos da Barra da Tijuca e Adjacências (APELABATA),
Associação Livre de Aquacultores e Pescadores Amigos do Mar e FAPESCA,
Cedae,
Clube Carioca de Canoagem,
Clube dos Marimbás,
Colônia de Pesca Z-13,
Colônia de Pesca Z-8 e Colônia de Pesca Z-7,
Confederação Brasileira de Caça Submarina,
Federação de Montanhismo do estado do Rio de Janeiro (FEMERJ),
Federação dos Pescadores do Estado do Rio de Janeiro (FEPERJ),
Federação Nacional dos Trabalhadoresem Transportes Aquaviários,
Fundação Instituto de Pesca do Estado do Rio de Janeiro (FIPERJ),
Iate Clube do Rio de Janeiro,
Instituto Aqualie,
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio),
Instituto Estadual do Ambiente (INEA),
Instituto Mar Adentro
Jardim Botânico do Rio de Janeiro,
Marinha do Brasil,
Ministério da Pesca e AqUicultura,
Museu Nacional,
Secretaria de Meio Ambiente,
Secretaria de Turismo e RIOTUR,
Sindicato dos Armadores de Pesca do Estado do Rio de Janeiro (SAPERJ),
UniRio,
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ),
Universidade Federal Fluminense (UFF),
Viva Rio