3/9/2018
Na última terça-feira o Viva Rio participou da 12ª sessão do Ciclo de Debates SUBPAV 2018, com o tema “Estratégias para o Controle da Tuberculose”. A equipe da Ouvidoria, responsável pelo Saúde na Linha, apresentou dados da nova empreitada do projeto: o monitoramento de pacientes com tuberculose.
O Saúde na Linha é uma ferramenta inovadora criada pelo Viva Rio, inicialmente voltada para o monitoramento de bebês, puérperas e grávidas em gestações de risco. O monitoramento é feito de um call center formado por profissionais da área da saúde e o objetivo dos operadores é sempre, em cada ligação, estreitar os laços com os pacientes. O projeto é pioneiro no Brasil e um modelo piloto havia sido aplicado nas Áreas Programáticas (AP) 2.1, 3.1 e 3.3, que compreende bairros das zonas Norte e Sul da capital fluminense.
A experiência gerou dados extremamente positivos: de dezembro/2016 a maio/2018 foram realizados 1.795 contatos e monitorados 593 pacientes. A ação aconteceu em parceria com o Banco Mundial e a Área Técnica de Doenças Pulmonares Prevalentes (SMS – RJ). O resultado levou à implementação definitiva, a partir de junho deste ano, nas AP’s 2.1 e 3.3 com 236 contatos e 100 pacientes monitorados.
O Ciclo de Debates foi transmitido para todas as áreas programáticas da cidade e contou com a presença do Guilherme Braga, supervisor técnico de saúde do Viva Rio, que falou sobre a experiência do programa e o funcionamento do monitoramento dos pacientes. “Começamos monitorando as grávidas, e foi tão positivo que fomos procurados pelos transmissíveis para monitorarmos os pacientes com tuberculose. A gente notifica esses profissionais da ponta e consegue antecipar dados dos pacientes. Passamos essas informações para os médicos e isso contribui para a melhoria do atendimento e acompanhamento”.
Ainda segundo Guilherme, a equipe do Saúde na Linha ficou surpresa com a receptividade dos novos pacientes: “Não sabíamos se os pacientes iriam querer falar com a gente, mas foi um sucesso! A gente vem conseguindo aumentar a confiança deles com os profissionais de saúde e o vínculo com as unidades de atendimento. Algo que estava encaminhando para o abandono, hoje ganha um novo rumo”.