O “Relatório sobre Segurança Cidadã nas Américas 2012”, da Organização dos Estados Americanos (OEA), mostra que o aumento de assassinatos com arma de fogo na última década na América Central e Caribe está associado ao crescimento do crime organizado na região. A pesquisa conta com um artigo do coordenador do Programa de Controle de Armas do Viva Rio, Antônio Rangel Bandeira.
A publicação é uma síntese da situação das Américas no que diz repeito à segurança cidadã. Ela é composta de artigos de opinião de renomados especialistas em segurança, além de 82 tabelas estatísticas e exemplos de boas práticas. O estudo mostra que, apesar da queda da taxa de mortes violentas nas Américas (15,6, contra a média global de 6,9) e no Brasil (em dez anos, a taxa caiu de 26,5 para 21,1), o tema é um dos mais preocupantes no continente. Entre os seus 34 países, a maior taxa de mortes violentas é de Honduras, com 91,6 por 100 mil habitantes. De 2000 a 2010, a taxa de mortes violentas chegou a aumentar sete vezes na República Dominica.
O artigo de Antônio Rangel apresenta uma das boas práticas em segurança escolhidas para compor o estudo: a implementação do Estatuto do Desarmamento no Brasil, em 2003. De acordo com Rangel, essa foi uma das principais medidas que contribuíram para a diminuição das mortes por armas de fogo no país. De 39.284 homicídios dolosos registrados em 2003, passou-se para 34.300 em 2010. Mais de 5 mil vidas foram salvas desde a mudança da lei que regula o controle de armas no país.
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Para ler mais, acesse o site do Alerta América.