O príncipe Harry, terceiro na linha de sucessão do trono inglês, foi um dos mais atentos ouvintes do Coral Liga dos Cantantes, da Clínica da Família Zilda Arns, que se apresentou neste sábado na Estação de Teleférico das Palmeiras, no Complexo do Alemão. O Coral completa um ano este mês e é composto por 60 crianças de três a 15 anos.
Para homenagear o príncipe, o grupo cantou duas canções de autoria do violinista do Coral, Cesar Mello, “Vendedor Ambulante” e “Toda criança quer”. A primeira canção aborda o trabalho informal dentro da comunidade e a segunda, o cotidiano dos jovens na favela. Para a segunda música, o Coral preparou uma surpresa: uma parte foi cantada em inglês.
“Quando ficamos sabendo que iríamos nos apresentar para o príncipe, resolvemos adaptar a música e cantar uma parte em inglês. Nós escrevemos a letra da maneira como se pronuncia e o grupo aprendeu muito rápido. Tivemos menos de um mês para ensaiar”, contou a regente do coral, Gisele Fernandes.
Gisele espera que a repercussão da apresentação para o príncipe Harry ajude a despertar o interesse dos próprios moradores do Complexo do Alemão para conhecer melhor o Coral. Além disso, ela torce para o grupo receba ainda mais convites para se apresentar. “Agora o mundo pode ver o quanto essas crianças são capazes e têm o direito de brilhar. Depois dessa oportunidade, espero que cada vez mais pessoas se interessem em conhecer o Coral e queiram ouvi-lo novamente”.
Diferente do que Gisele e os integrantes do Coral achavam que aconteceria, o grupo teve a possibilidade de chegar bem perto de Harry, que conversou com os integrantes, perguntou a idade de cada um e pegou no colo a “mascote” do grupo, Mayara, de três anos. Ela parecia não entender o que estava acontecendo naquele momento, pois, de acordo com Gisele, estava esperando um príncipe de contos de fadas.
Para receber o príncipe Harry, a Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil preparou um dia repleto de atividades para os moradores do Complexo do Alemão, com uma feira de saúde, posto de vacinação e atividades lúdicas para as crianças. Também foram distribuídos folhetos sobre a prevenção do uso de álcool e outras drogas, como o crack.