Clínica Maria do Socorro: exemplo de saúde pública

Um artigo publicado no jornal O Globo da última segunda-feira (23), está dando o que falar na Clínica da Família Maria do Socorro, administrada pelo Viva Rio na Rocinha. No texto, o diretor-presidente da Clínica São Vicente, Dr. Luiz Roberto Londres, exalta o trabalho realizado pelos profissionais e afirma que a unidade é um exemplo de como a saúde pública deveria ser gerida no Brasil.

Vitor Madeira_Viva Rio (5)

“Concordo inteiramente com o artigo do O Globo. Não tenho o que reclamar”, Greyce Cristina da Silva (no atendimento), usuária da unidade desde a inauguração

O reconhecimento chegou até a unidade através das redes sociais, quando os profissionais de saúde compartilharam em seus perfis no Facebook a notícia. Para Jessyca Felix, gerente da unidade ao lado de Sidney Scheidgge foi uma grande surpresa deparar-se com tantos elogios.

“Eu não esperava por isso, pois normalmente só vemos coisas negativas vinculadas ao trabalho da saúde como um todo, então foi realmente muito especial, principalmente por ser o diretor de uma das mais conceituadas instituições de saúde do Rio”.

Limpeza exemplar, ambiente agradável, preocupação administrativa com o bem-estar dos pacientes, medidas para evitar filas e orientação dos pacientes em relação ao seguimento dos tratamentos. Essas foram algumas das características alavancadas pelo médico, o qual também citou a preocupação com a ética da Medicina e o acolhimento e satisfação dos usuários como ponto positivo da Clínica da Família Maria do Socorro.

 

Vitor Madeira_Viva Rio (8)

A gerente da unidade informou que os profissionais ficaram muito motivamos e felizes com o reconhecimento

Os usuários da clínica concordam com a avaliação do médico. Atendida pela equipe Cachopinha, Greyce Cristina da Silva, 29, frequenta a unidade desde a sua inauguração e é só elogios para o atendimento. “Aqui tem muita facilidade, sou sempre bem acolhida, os médicos se preocupam comigo e querem sempre saber se estou bem, assim como os enfermeiros e agentes comunitários de saúde (ACSs)”.

Para além da questão do atendimento, a unidade salvou a vida de Vanderley Guimarães, 71. “Graças a clínica, eu e minha mulher (Severina Valéria dos Santos) conseguimos parar de fumar. Eu estava morrendo por conta de uma dificuldade respiratória que adquiri no decorrer dos 54 anos que fumei um maço de cigarros por dia”.

Vanderley fez parte do grupo antitabagismo da unidade, no qual aprendeu as técnicas para driblar a vontade de fumar. Livre do hábito, o usuário agora faz uso de medicamentos para controlar a DPOC – deficiência na capacidade do pulmão puxar o ar. “Aqui, o trabalho é realizado com vontade e não tenho sequer uma reclamação, pois sem eles eu não estaria aqui”.

 

Vitor Madeira_Viva Rio (7)

Vanderley e sua esposa pararam de fumar com acompanhamento dos profissionais da unidade

Para a gerente, os profissionais que trabalham na unidade criaram vínculos muitos fortes com a comunidade e isso gera preocupação com o atendimento realizado. “Fazemos reuniões constantes para discutir o que é ruim para o usuário e como podemos melhorar. A equipe estabelece planos de ações e os resultados são sempre bem positivos”.

Luiz Roberto Londres visitou a unidade em dezembro de 2014, juntamente com o Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (CREMERJ).

(Texto: Flávia Ferreira| Foto: Vitor Madeira)

Clique aqui e leia o artigo

Postado em Notícias na tag .