2º Concurso de Quadrilha fez parte da programação do Arraiá
Apresentações musicais, danças, comidas típicas, brincadeiras, artes e concurso de quadrilha animaram a 13ª edição do Arraiá Cai na Roça, realizado pelo Instituto Municipal Nise da Silveira e pelo Centro de Convivência e Cultura Trilhos do Engenho na última sexta-feira (8), na Praça Rio Grande do Norte, no Engenho de Dentro, Zona Norte do Rio.
A festa reuniu usuários, familiares, profissionais de serviços de saúde mental e moradores do bairro. O objetivo é utilizar a cultura como parte do cuidado psicossocial e promover a integração dos pacientes com o território. Empreendedores locais e representantes dos serviços de saúde montaram barraquinhas com comidas típicas, exposição de trabalhos artesanais e iniciativas de geração de renda.
“O Nise é muito festeiro. Essa é uma forma de preservarmos a cultura e as festas populares, pensando que esses também podem ser instrumentos de atenção psicossocial. A proposta é promover saúde a partir da arte. Nos primeiros dois anos, a festa foi realizada dentro do Nise da Silveira, mas como nossa ideia sempre foi levar nossos eventos para os territórios, passamos a realizar na praça. É um sucesso, a cada ano enche mais”, comentou Roberta Oliveira, coordenadora do Centro de Convivência e Cultura Trilhos do Engenho.
O momento mais esperado da festa foi a realização do 2º Concurso de Quadrilha, que teve o Centro de Atenção Psicossocial (CAPSad) Paulo da Portela como bicampeão, seguido do CAPS Torquato Neto, em segundo lugar, e do Ambulatório do Instituto Nise da Silveira como terceiro colocado. Para encerrar a competição, o Trilhos do Engenho realizou uma grande quadrilha coletiva com todos os participantes do evento.
Os usuários dos serviços de saúde mental comprovam o sucesso da programação. “Achei a festa muito bem organizada, fomos bem recepcionados, teve respeito e interação entre as pessoas. Além da ornamentação, que para mim foi a melhor coisa do arraiá, estava linda. Estão todos de parabéns!”, comentou André Luis Santos. “Foi tudo muito bem elaborado e ensaiado, gostei das comidas, das brincadeiras e da dança. Adorei participar da quadrilha”, reforçou Nicolas Henrique.
Para Pedro Marcus, profissional de Artes no CAPS Torquato Neto, unidade sob gestão do Viva Rio, afirma que cultura e arte são fundamentais no tratamento em saúde mental. “É a segunda vez que eu participo da festa e que trazemos a nossa quadrilha, a Faísca Ardente. A arte também faz parte do cuidado com os usuários. Acho importante que o evento seja em uma praça pública, para mostrar que nós estamos aqui, na sociedade, esse é o recado que queremos dar. A rua é para todos”, relatou.
Confira abaixo mais fotos do evento.
Texto: Raquel de Paula