3/4/2017
Em clima de festa, moradores da comunidade de Acari, na zona Norte do Rio, participaram da comemoração do primeiro ano do Colegiado Gestor do Hospital Municipal Ronaldo Gazolla. A ferramenta de gestão participativa reúne usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), lideranças comunitárias, cidadãos comuns, gestores e funcionários da unidade em conversas para apresentar propostas e melhorias que promovam a saúde e o bem estar social.
O hospital é gerido pelo Viva Rio, em parceria com a Prefeitura do Rio de Janeiro, desde dezembro de 2015. A partir das reuniões do colegiado, muitas propostas foram construídas, como por exemplo, os mutirões contra o Aedes Aegypti e a horta comunitária. O local serve como espaço de troca de experiências e interação entre a unidade de saúde e a população em seu entorno. Um dos articuladores sociais do Viva Rio, Jocelino Porto, distribuiu mudas de hortaliças e temperos para os participantes. Uma das presenteadas, Marlene de Lima, acredita que o colegiado tem um valor imensurável para a população. “Agora os moradores de Acari têm um espaço para ser ouvido e ter voz para falar. Nós conseguimos construir a cidadania junto com o hospital”, comentou. A aposentada também é voluntária do projeto Nosso Espaço, um dos programas da Prefeitura voltados para a terceira idade.
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Jocelino e Marlene
A parceria com a Clínica da Família Marcos Valadão também traz bons resultados para os funcionários e para a população. O Agente Comunitário de Saúde, Messias Vital, reconhece que a cooperação entre as duas unidades de saúde possibilita a mudança em diversos setores. “A integração entre os gestores das unidades facilitou os processos de trabalho. Hoje, nós caminhamos juntos em busca da construção da saúde para esses moradores”, festejou.
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Os Agentes Comunitários de Saúde do CF Marcos Valadão
Desde que o Viva Rio assumiu a gestão do Gazolla, Samanta de Oliveira passou a participar das reuniões do Colegiado Gestor. Em 2014, ela perdeu a sobrinha Juliana e o filho dela na Maternidade Mariana Crioula, localizada no hospital. Do luto à luta, Samanta criou a Mães do Hospital de Acari uma página de denúncia, reuniu outras mães e avós vítimas de negligência, procurou a imprensa e teve papel fundamental na investigação que levou ao afastamento da empresa que administrava a unidade anteriormente. Hoje, ela acompanha a mudança na maternidade e a página de denúncia também virou página de celebração. Posts com fotos de mães e bebês felizes passaram a ser frequentes.
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Daiana, articuladora de Redes do Viva Rio, e Samanta Delabary, criadora da página Mães do Hospital de Acari