Centro do Rio é a região mais perigosa para os idosos

O centro do Rio de Janeiro, especialmente os bairros Gamboa, Lapa, Santo Cristo, Saúde, Santa Tereza e também Paquetá são os locais de maior incidência de ataques a idosos no Estado. De cada 10 mil, 2,5 mil (25%) são vitimas de alguma agressão, informou levantamento divulgado pelo Instituto de Segurança Pública do Rio de Janeiro (ISP) durante reunião do Conselho Comunitário de Segurança Pública no Viva Rio. A região tem 17.198 residentes acima de 60 anos.

O pesquisador do Instituto de Segurança Pública, Emanuel Caldas informou que o aumento da população de idosos faz crescer o número de vitimas

O centro do Rio de Janeiro, especialmente os bairros Gamboa, Lapa, Santo Cristo, Saúde, Santa Tereza e também Paquetá são os locais de maior incidência de ataques a idosos no Estado. De cada 10 mil, 2,5 mil (25%) são vitimas de alguma agressão, informou levantamento divulgado pelo Instituto de Segurança Pública do Rio de Janeiro (ISP) durante reunião do Conselho Comunitário de Segurança Pública no Viva Rio. A região tem 17.198 residentes acima de 60 anos.

A segunda área mais perigosa para os idosos está na Zona Sul e compreende os bairros de Copacabana e Leme, onde dos 47.173 moradores, 2.414 foram vitimas de alguma brutalidade, que resulta em uma taxa de vitimização de 512. Os bairros Barra da Tijuca, Joá, Itanhangá, Recreio dos Bandeirantes, Barra de Guaratiba, Camorim, Grumari,Vargem Grande e Vargem Pequena, com 34.494 moradores, ficaram em terceiro lugar no ranking, com 1.695 casos de violência, o que taliza uma taxa de 491 vitimizações.

Em quarto ficaram os bairros de São Cristóvão, Vasco da Gama, Mangueira e Caju. Leblon, Lagoa, Ipanema, Gávea, Jardim Botânico, Rocinha, São Conrado e Vidigal ficaram em quinto, seguidos pelo Centro de Niterói, região da Praia, Pendotiba e Oceânica na sexta colocação.

Glória, Catete, Flamengo, Laranjeiras, Botafogo, Humaitá, Urca e Cosme Velho, também na Zona Sul, se encontram em sétimo lugar no ranking com 55.600 idosos e uma taxa de vitimização de 355. A região registrou 1.978 casos de violência. Entre os delitos estão os crimes de estelionato (400 casos) e lesão corporal (102).

Ao todo, 61.353 idosos foram vitimados no estado do Rio de Janeiro no ano de 2011, 4.889 a mais que no ano de 2010. No estado, os sexagenários representam 9% do total das vitimas. Os delitos mais comuns são fraude (6.288), ameaça (4.746) e lesão corporal culposa (3.776). Em geral, a maioria dos crimes contra os idosos ocorreu na capital – 54,2% do total – e estão concentrados na Zona Norte (42%).

O pesquisador Emanuel Caldas, responsável pela estatística do ISP, explicou que o aumento da população de idosos faz crescer o número de vitimas. “O Brasil tem passado por uma transição etária, deixando de ser um país jovem para ser cada vez mais idoso”, disse.

Ele acrescentou que a ampliação de políticas públicas, o Estatuto do Idoso e a criação da primeira Delegacia Especial de Atendimento a Pessoas da Terceira Idade (DEAPTI) – em Copacabana – incentivaram que a violência contra o idoso fosse denunciada. 40% dos 458 registros de ocorrência com nome Estatuto foram realizados na DEAPTI, delegacia comandada por Catarina Nobre.

A delegada informou que o Estatuto do Idoso prevê infrações penais que condena o abandono de pessoas idosas em hospitais, casas de saúde ou casas de repouso; exposição a perigo; e apropriação indevida de bens, proventos, pensão ou qualquer outro rendimento. “É necessário termos o conhecimento sobre a lei para podermos reivindicar os nossos direitos”

“É necessário termos o conhecimento sobre a lei”, disse a delegada Catarina Nobre

Participaram também da reunião do Conselho Comunitário de Segurança Pública no Viva Rio, o tenente coronel do 2º Batalhão da Policia Militar, Cláudio Dovani; responsável pela 4ª Região Administrativa, Elisabeth Santoro; comandante da Unidade de Ordem Pública do Catete, Inspetor Luiz Coimbra; Representante da 9ª Batalhão da Policia Militar, Ana Route; Subcomandante do Serro Corá, Aspirante Barros; Comandante da UPP da Santa Marta, Capitão Rocha.

 

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