A embaixada do Brasil no Haiti e o Viva Rio realizaram, através do projeto Aochan Creole, nos dias 29 e 30 de junho, o primeiro Festival de Dança Haiti-Brasil na capital haitiana. O festival faz parte de um intercâmbio cultural entre os dois países, que promove oficinas de dança, percussão, cinema e capoeira. Em dezembro de 2011, os dançarinos e dançarinas do Aochan Creole fizeram uma turnê no Brasil.
Mais de 700 jovens haitianos que moram em Bel Air participaram do festival. Mais de 1.300 pessoas assistiram às apresentações. A adida cultural brasileira, Luciana Farnesi, que criou o projeto, disse que o objetivo deste intercâmbio é fortalecer os laços culturais entre o Haiti e o Brasil. “Pretendemos descobrir as diferenças e afinidades entre as duas nações através da arte do palco e da dança”.
Durante o festival, que aconteceu no Centro Cultural Brasil-Haiti, foram realizadas oficinas de dança, documentários e conferências, além de duas apresentações em uma boate da capital. O festival marca o segundo aniversário do projeto Aochan Creole, um dos projetos executados pelo Viva Rio no Haiti.
O Aochan Creole nasceu após o terremoto de 2010, quando um grupo de jovens das 400 famílias abrigadas em Kay Nou, a sede do Viva Rio em Porto Príncipe, começaram a dançar para minimizar a memória da tragédia.
Atualmente, o Aochan Creole oferece aulas de dança para mais de 200 estudantes haitianos em Bel Air, além de manter uma companhia na qual 32 alunos participam de apresentações e festivais nacionais e internacionais de dança.