A 1ª Edição do Prêmio Dona Ivone contou com batalhas de rima e grafite — Foto: Peshow
Batalhas de rima e grafite, música, oficina de grafite e desfile com modelos trans foram algumas das atrações da 1ª Edição do Prêmio Dona Ivone Lara, que aconteceu na última sexta-feira (12), no Instituto Municipal de Assistência à Saúde Nise da Silveira, no Engenho de Dentro. O evento é uma parceria entre o projeto Batalha do Engenhão e o Centro de Convivência e Cultura Trilhos do Engenho, do Nise.
Mais de 150 pessoas participaram da programação, que deu protagonismo às mulheres — maioria na Batalha do Engenhão — e homenageou Dona Ivone Lara, nome importante do samba, mas também da saúde mental, com atuação na equipe da médica Nise da Silveira, referência na luta antimanicomial. Ambas utilizavam terapias com arte e música para tratar os pacientes.
Roberta Oliveira, coordenadora do Centro de Convivência e Cultura Trilhos do Engenho, comenta como surgiu a ideia do evento dentro do espaço. “Temos feito parcerias com movimentos do território, observando o que tem de cultura na região e como podemos usá-la para promoção de saúde da juventude preta. A Batalha do Engenhão já é nossa parceira, já fizemos outros eventos juntos. Eles queriam homenagear Dona Ivone Lara e o espaço do Instituto se relaciona com a história dela. Assim surgiu o prêmio, que é resultado das batalhas de grafite e rap”, explica.
Participaram usuários dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) Clarice Lispector, Severino dos Santos, Raul Seixas e Uerj, além de moradores do Serviço de Residência Terapêutica. Alunos de Artes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro também estiveram presentes no evento, que teve forte participação de jovens da comunidade do Engenho de Dentro.
A 1ª Edição do Prêmio Dona Ivone contou ainda com um espaço de microfone aberto, onde todos os presentes puderam se expressar de diversas formas. “Foi um momento de muita inclusão, os usuários dos CAPS participaram, junto com os alunos da Uerj e profissionais, cantando, recitando poesia ou rimando. Foi um tempo livre, de quase 1h30 para o que quisessem falar ou cantar em relação à arte. Foi uma interação intensa entre todos”, comenta Roberta.
A Nave do Conhecimento do Engenhão, da prefeitura do Rio, também apoiou o evento, com a confecção dos troféus em uma oficina de impressão em 3D que acontece dentro do espaço.
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