Médica de família Rayssa Borges em um atendimento de Covid-19
05/12/2022
Nesta segunda-feira (5/12) é comemorado o Dia Nacional do Médico de Família e Comunidade, profissional que atua, principalmente, na Atenção Primária, ou seja, nas Clínicas da Família e Centros Municipais de Saúde, que são porta de entrada no Sistema Único de Saúde (SUS).
De acordo com dados do Ministério da Saúde, aproximadamente 85% das queixas dos pacientes podem ser resolvidas pelo médico de família, que atende a população em todo o ciclo de vida.
“Fazemos o acompanhamento de gestantes, bebês recém-nascidos, crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos. Atuamos em todos os campos em relação à saúde do indivíduo, em todos os momentos de vida dele”, conta Rayssa Borges, médica de família e comunidade na Clínica da Família Odalea Firmo Dutra, no Grajaú.
O médico de família e comunidade considera não só os sintomas e queixas do usuário que procura atendimento, também leva em conta o estilo de vida, os hábitos, as emoções e as condições de trabalho e moradia para apontar um diagnóstico. Ou seja, a pessoa é analisada de forma integral, a partir de uma abordagem biopsicossocial, porque todos esses fatores podem estar relacionados à saúde.
A médica de família Rayssa Borges, que também é preceptora do programa de residência em Medicina da Família e Comunidade e responsável técnica na CF Odalea Firmo Dutra, reforça que por trás de um sintoma, podem haver outras questões mais graves que devem ser investigadas a partir de um olhar mais atento do profissional de saúde.
Rayssa Borges atua como médica de família na CF Odalea Firmo Dutra desde 2020
“Usamos o método clínico centrado na pessoa, tentamos identificar não só queixas orgânicas e objetivas. Uma dor de cabeça às vezes não é só uma dor de cabeça, por trás disso pode existir uma mulher em situação de violência doméstica, por exemplo. Às vezes precisamos apurar um pouco melhor e ter um olhar sensível para identificar outras questões além da queixa inicial”, conta a médica.
Entre as atividades desenvolvidas por um médico de família e comunidade estão: atendimento ambulatorial, atendimento domiciliar, realização de pequenos procedimentos (inserção de diu, retirada de cistos e lipomas, agulhamento para dores crônicas, por exemplo), inserção do indivíduo no Sistema de Regulação (Sisreg) para encaminhamento, criação e acompanhamento de grupos de promoção de Saúde (como combate ao tabagismo e saúde da mulher).
Segundo a médica de família Rayssa Borges, outro diferencial nessa especialidade é o trabalho em rede com outras instituições como o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) e Conselho Tutelar dos territórios onde estão as unidades básicas de saúde. O objetivo é melhorar a vida das pessoas em todos os âmbitos.