A especialista em Desenvolvimento Social do Banco Mundial, Sarah Michael, explica que a meta da instituição é contribuir para reduzir a pobreza, através de projetos que ultrapassam a questão econômica. “É preciso investir na área social como um todo, mas nós percebemos que o esporte tem um poder inigualável de relacionar inclusão social e desenvolvimento pessoal”. Sarah mostrou-se impressionada com o que presenciou durante a visita ao Espaço Criança Esperança. “Fiquei muito feliz com o que vi aqui”.
A especialista em Inclusão Social do Ministério dos Esportes, Turismo e Políticas para a Juventude do Governo da Rússia, Oreshina Galina, ressaltou a eficácia da utilização do Esporte como ferramenta para combater a violência e a criminalidade, alcançando resultados positivos em outras áreas, como Saúde e Segurança, e elogiou o trabalho do Viva Rio: “Aqui, o esporte é muito mais do que uma simples atividade física. Ele é utilizado como instrumento de transformação social. Depois de tudo o que vimos aqui, vamos tentar colocar em prática o diálogo mais próximo com a comunidade”.Galina disse que ficou bastante impressionada com os projetos que o Viva Rio mantém no Espaço Criança Esperança e em outras áreas do estado. “É impressionante também a quantidade e a diversidade de parceiros que vocês conseguem mobilizar”, disse. De acordo com ela, falta na Rússia a expertise de trabalho amplo e de inserção nos diferentes setores da sociedade. “O Viva Rio consegue prestar uma atenção muito única e específica para cada área. Sentimos falta desse approach nas organizações russas”, completou.
Além de Sarah e Galina, integraram a comitiva: Pastukhov Sergey, Consultor em Construção do Governo da Rússia; Feduyshin Gennady, Diretor Interino do Departamento de Construção e Reconstrução do Governo da Rússia; e Kosuke Anan, especialista em Desenvolvimento Social do Banco Mundial baseado na capital estadunidense, Washington, D.C.
Investir em Esportes é investir no futuroDurante a visita da comitiva, o coordenador do Criança Esperança, Jairo Coutinho, salientou que o esporte deve ser visto como fator de integração e inclusão e que o seu legado vai para além dos grandes eventos esportivos que o país sediará em breve. De acordo com ele, os investimentos que a cidade tem recebido por conta da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016 se refletirão diretamente na economia e na vida como um todo das comunidades. “O investimento no esporte é também investimento no futuro e por isso não pode ser visto como gasto ou privilégio de poucos, mas como um direito dos nossos jovens e crianças”.
Além disso, Jairo ressaltou que esses grandes eventos atraem os olhares das pessoas e do Estado para a realização de obras de melhorias urbanas. No Centro de Capacitação Gás Natural Fenosa, parceria do ECE com o SENAI e a Fundação Gás Natural, são formados jovens que poderão trabalhar em muitas dessas obras. “Estamos formando jovens para atuar nesses momentos, pois queremos utilizar esses eventos esportivos também para minimizar a pobreza. Dessa forma, a Copa e as Olimpíadas promovem uma agenda social de desenvolvimento que não se limita aos jogos”, concluiu Jairo.