22/9/2016
Poucos dias depois do fim das Paralímpiadas 2016, as comemorações do Dia Nacional da Luta das Pessoas com Deficiência lembraram a importância de incentivar a integração e a diversidade entre o público. Atividades realizadas pelo Viva Rio Eficiente, na Clínica da Família Ana Maria Conceição dos Santos Correia, em Vicente de Carvalho, na última quarta-feira (21), sensibilizaram a população com a vivência de situações enfrentadas diariamente por PCDs.
Gerente do projeto Viva Rio Eficiente, Raphael Esteves lembrou da importância de inclusão das pessoas através do esporte. “Se queremos promover a inclusão de verdade, precisamos permitir que todas as pessoas participem da sociedade de maneira plena. O esporte pode ser uma ferramenta para promover a autonomia das Pessoas com Deficiência, que podem utilizá-lo como alicerce para alcançarem seus sonhos nas mais diferentes áreas”, destacou.
A equipe de rugby em cadeira de rodas da Santer Rio, criada em 2006, convidou o público presente a jogar uma partida de rugby. A modalidade participa oficialmente dos Jogos Paralímpicos desde Sidney, em 2000, e é destinado aos atletas que possuem algum tipo de deficiência em pelo menos três membros do corpo. Para garantir a inclusão de todos os atletas, cada um recebe a classificação funcional, que varia entre 0,5 e 3,5, de acordo com a severidade da lesão.
Este ano, o Rio de Janeiro agrupou o maior público do rugby em cadeira de rodas da história dos Jogos Olímpicos. O esporte é praticado na categoria mista, ou seja, homens e mulheres podem jogar no mesmo time. A equipe Santer Rio já disputou torneios nacionais e internacionais e, no próximo mês, vai participar de um campeonato na Europa.
Com o sonho de praticar um esporte de auto-rendimento, o atleta Raphael Pinho, de 29 anos, não deixou que a paralisia cerebral interrompesse seu desejo. “A vida não acaba por causa de uma deficiência. Achei que tinha bloqueios em determinadas áreas da minha vida por causa da paralisia. Depois que comecei a praticar rugby, vi que isso não era verdade: eu sou capaz de ir além”, explica.
O público também conferiu a apresentação de dança adaptada realizada pela professora do Programa Academia Carioca, Roseli Amaral, junto com outras duas alunas. Atuar considerando as peculiaridades de cada indivíduo é uma das especialidades de Roseli, que acredita no gradativo desenvolvimento alcançado por meio da dança. “Quando a Naiara começou as aulas, ela não tinha postura, tinha os braços travados e não era tão feliz como é hoje”. A alegria da menina foi percebida durante a apresentação realizada no encerramento das atividades.
(Texto: Vívian Guimarães | Fotos: Amaury Alves)