Mais de 150 pessoas estiveram presentes no show do rapper haitiano Blaze One, no sábado (30), na Arena Fernando Torres – Parque de Madureira. O espetáculo aproximou os haitianos de sua terra natal e promoveu o intercâmbio cultural entre o Brasil e o Haiti.
A ação foi uma iniciativa do portal Haiti Aqui, projeto do Viva Rio que auxilia os imigrantes haitianos no Brasil, encaminhando-os a oportunidades de emprego e informações detalhadas para a obtenção de documentos como identidade, CPF e carteira de trabalho. O site também mostra um pouco da cultura caribenha para os brasileiros através do programa radiofônico “Voz do Haiti”, da Radio Viva Rio, produzido por haitianos.
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Este foi o último show da turnê artística do haitiano no Brasil, que contou com participação especial do cantor Renato Biguli, do Monobloco. Ao longo de uma hora, o público dançou as músicas do artista, que abordam as questões sociais para a integração dos jovens no Haiti. Na semana anterior, Blaze One se apresentou em São Paulo, ao lado do grupo conterrâneo Surprise 69 e da rapper paulistana Thais. “Poder tocar para tantos brasileiros me deixa muito feliz, principalmente por perceber o quanto a música nos aproxima”, contou.
Registrado como Elyse Senora, Blaze One nasceu na capital Porto Príncipe, em 1983. O artista começou a carreira musical com amigos num bairro popular de Martissant no grupo de rap SNM, em 1996. Desde então, participoude vários eventos nacionais e venceu a competição Lari Pwòp, organizada pela ONG Yélé Haiti, de Wyclef Jean, em 2005.
Em 2010, gravou o primeiro álbum solo com sucessos haitianos: Gran Dosye (“Grandes Casos”), que descreve a violência da época entre 2004-2010. O segundo, Istwa Dayiti (a Historia do Haiti), foi lançado em 2013.
O show marcou o encerramento das atividades do Circuito Haitiano de História e Arte, promovido pelo Viva Rio entre os dias 18 e 30 de maio no Rio de Janeiro e 18 e 22 de maio em São Paulo. O circuito contou com o apoio da Embaixada do Haiti, Secretaria Municipal de Educação, Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro, Universidade Zumbi dos Palmares, CineAfro e Núcleo de Pesquisa em Cultura e Economia (NuCEC) do Museu Nacional.
(Texto: Flávia Ferreira| Fotos: Vitor Madeira e Paulo Barros)