A diretoria executiva da entidade sem fins lucrativos Open Society Foundations (OSF) visitou o Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE), onde foi recebida pelo alto escalão da Polícia Militar. O encontro, ocorrido na última segunda-feira (20), foi articulado pelo Viva Rio.
Na reunião, o coordenador de Assuntos Estratégicos da corporação, Coronel Antônio Carballo, apresentou um breve histórico do programa de pacificação. O policial afirmou que qualquer estratégia de combate ao tráfico torna-se inócua quando é executada apenas por um elo da cadeia. “O Rio de Janeiro não produz armas e drogas. Como os dois elementos chegam aqui? A questão é muito mais complexa e parece que nós, aqui na PM, apenas enxugamos gelo. E da maneira mais repressiva possível”, explicou.
Já Rubem César Fernandes mostrou dos programas desenvolvidos pelo Viva Rio no Brasil e no Haiti, com destaque para a Academia de Futebol Pérolas Negras, mantida pelo fundador da OSF George Soros no país caribenho. “É muito emocionante ver grandes times do mundo interessados nos garotos revelados em Porto Príncipe”, contou.
A coordenadora do projeto Casa Viva, Marilia Rocha, ressaltou o “diferencial Viva Rio” na gestão de programas de cuidado a pessoas que fazem uso abusivo de drogas. Segundo ela, as iniciativas, conduzidas em parceria com a prefeitura, são balizadas pela ética do cuidado. “Entendemos que é necessário ver o usuário sem os estigmas que geralmente norteiam a sociedade. A droga é um problema do mundo e a reinserção é sempre possível”, disse.
O encontro contou com a presença do comandante do BOPE, Coronel André Silva, o coordenador de Segurança Humana do Viva Rio, Ubiratan Angelo, da especialista em Drogas & Saúde, Maíra Matos, e o coordenador do Viva Rio Socioambiental, Sebastião Santos.
(Fotos: Vitor Madeira)