Hospital Oceânico começa a receber visitas presenciais

Andrea Siqueira visitando a mãe Dona Odilia – Foto: Pedro Conforte

 

29/11/2021

O Hospital Municipal Oceânico Gilson Cantarino, de Niterói, voltou a receber visitas presenciais desde o dia 18 de novembro, quando completou 7 dias sem registrar nenhuma morte. As visitas são somente para pacientes que já apresentam teste negativo para Covid-19. Pioneira na visita virtual (com o uso de ligações por tablet e telefone), a unidade dá um novo passo para retornar à normalidade.

De acordo com a diretora da unidade, Gisela Motta, antes de começar a receber as visitas presenciais, o hospital se preparou para receber familiares de pacientes.

“Com a queda na ocupação e o avanço da vacinação nós estamos abrindo essa possibilidade da visita presencial. Ver esse fluxo de familiares visitando me traz um sentimento de dever cumprido, mas ainda falta um pedaço da estrada. Ainda há pessoas que precisam se vacinar. A vacina está evitando o agravamento, por isso estamos reduzindo a ocupação. Mas não podemos fraquejar agora neste momento”, contou a diretora.

Andrea Siqueira, 47 anos, moradora de Piratininga, foi uma das primeiras pessoas a realizar a visita presencial dentro do Hospital. Ela veio visitar a mãe, Dona Odilia Siqueira, de 64 anos, que está internada na unidade desde 10 de setembro. Odilia deu entrada no hospital com um quadro grave de Covid-19, com cerca de 80% do pulmão comprometido, e no processo de recuperação precisou ser intubada por duas vezes. No dia 18 de novembro, Andrea recebeu do médico – pessoalmente – a notícia que sua mãe deve deixar o CTI nos próximos dias.

“Foi muita alegria, muito felicidade. A vontade é que ela fique perto da gente, ainda mais sendo mãe. Mas, mesmo sendo apenas uma horinha, essa visita fez a diferença. Foi um alívio vê-la, por conta do quadro grave que ela apresentou”, contou Andrea, que lembrou que nas próximas visitas seus três irmãos irão ver a mãe.

Durante a visita, um médico conversa com o parente presente e esclarece todo o quadro clínico do paciente, respondendo perguntas e passando informações.

Camila em visita a mãe Ana Cristina – Foto: Pedro Conforte

 

Quem também esteve no Oceânico para o primeiro dia de visita foi Camila da Silva, moradora do Baldeador (Zona Norte de Niterói). Ela veio ver a mãe Ana Cristina, de 59 anos, que precisou ser novamente internada após começar o tratamento no Centro de Reabilitação Pós-Covid, porque os profissionais perceberem uma úlcera na perna.

“Por 10 dias ela ficou internada aqui e conseguiu vencer a Covid-19 em setembro. Quando estava realizando fisioterapia na reabilitação, os profissionais perceberam a necessidade de internar minha mãe. Depois deste tempo, ver minha mãe traz um sentimento de alívio, pude ver com meus próprios olhos que ela está bem”, contou Camila da Silva.

Segundo a direção da unidade, Dona Ana está recebendo todo o tratamento e já está regulada para ser transferida para uma unidade especializada para realizar os procedimentos necessários.

O Hospital Municipal Oceânico Gilson Cantarino foi a primeira unidade hospitalar do Brasil exclusiva para o tratamento de pacientes com Covid-19 e desde agosto conta com o Centro de Reabilitação Pós-Covid.

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