Hospital Albert Schweitzer reforça a importância do Outubro Rosa

Nessa quarta e quinta-feira (20 e 21/10) unidade promoveu palestras de conscientização

Diretora Geral do Hospital Albert Schweitzer, Fernanda Ribeiro e Solange Gomes da Abrapac – Foto: Divulgação HMAS

 

22/10/2021

O Hospital Municipal Albert Schweitzer celebrou o Outubro Rosa nesta semana com palestras de conscientização sobre o câncer de mama, na quarta e quinta-feira (20 e 21/10). O foco foi o cuidado do profissional de saúde com o paciente oncológico e sua família, além da importância do diagnóstico precoce da doença.

A palestrante do primeiro dia de evento foi a enfermeira Marly Régio, que de profissional se tornou paciente ao descobrir o câncer de mama aos 33 anos, em 2018. Em um banho, ela identificou um nódulo e procurou ajuda médica. Após tomografia, descobriu que estava com metástase no fígado e no pulmão. No dia seguinte, recebeu o resultado da biopsia e foi constatado o câncer de mama ducto invasivo grau 2.

“Quando eu percebi que troquei da posição de enfermeira para paciente, tudo fez mais sentido! Antes de ficar doente, sempre falava para a equipe que trabalhava comigo que devemos cuidar do paciente como se fosse um ente querido, como se cuidássemos de nós mesmos. Foi ali que descobri como a comadre é gelada, como a quimioterapia queima e como a intubação dói. Estar naquela condição só reforçou o meu olhar profissional e a necessidade do cuidado com o paciente oncológico”, relata Marly.

Evento lotou o auditório do hospital com funcionários de vários setores – Foto: Divulgação HMAS

 

Dona Jucery Domingos, de 60 anos, que estava na plateia, se levantou, emocionada, e também contou sobre sua experiência. Ela é técnica de enfermagem no Albert Schweitzer e descobriu o câncer de mama em 2016, ao tomar banho. Ela ainda se medica todos os dias contra o câncer.

“Foi um baque para mim, chorei muito. O médico me tranquilizou dizendo que estava no começo e que tudo ficaria bem. Mas o processo não é fácil: fiquei careca, perdi meu cabelo, fiquei muito debilitada, sem forças para ir à academia, que eu tanto gostava. Me apeguei em Deus e minha fé me deixou de pé!”, conta a técnica.

No segundo dia, o evento contou com a presença de Solange Gomes, representante da Associação Brasileira de Apoio aos Pacientes com Câncer (Abrapac), que falou da importância das ações desenvolvidas pela associação aos pacientes: explicação sobre seus direitos, suporte psicológico e estímulo para que mantenham uma vida ativa, respeitando seus limites.

A Abrapac (abrapac.org.br) tem um banco de perucas e próteses mamárias, realiza bazares solidários e palestras de esclarecimento. “Existe vida antes, durante e depois do câncer, e isso precisa ser dito”, reforça Solange.

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