40 mil armas são destruídas no Rio

Autoridades estiveram presentes em ato de destruição de armas no Rio de Janeiro

Em um ato simbólico que marcou o Dia Internacional de Destruição de Armas de Fogo, a Polícia Civil do Rio Janeiro destruiu um lote de quase 40 mil armas que estavam acauteladas na Divisão de Fiscalização de Armas e Explosivos ( DFAE) da corporação.

Entre o armamento destruído estavam armas apreendidas em operações policiais e entregues na Campanha Nacional de Desarmamento. Até o fim do ano serão destruídas 120 mil armas.

A cerimônia faz parte da Operação Rolo Compressor, uma parceria da Polícia Civil com o Exército Brasileiro e o Poder Judiciário que pretende conscientizar a sociedade contra a violência armada, e foi realizada na Praça da Apoteose, no Centro do Rio. As armas foram distribuídas no chão formando um tapete e foram destruídas por um trator do Exército.

40 mil armas foram destruídas por trator do Exército

A delegada Martha Rocha, chefe da Polícia Civil, comemorou o ato. “Essas 150 mil armas representam o fruto do nosso trabalho, trabalho da Polícia Civil, trabalho da Polícia Militar, o trabalho das pessoas na Campanha do Desarmamento”.

Além da delegada, estavam presentes o secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame; o subchefe da Polícia Civil, delegado Fernando Veloso; a delegada Leila Goulart, diretora da DFAE; o comandante da 1ª Região Militar, general de divisão, João Ricardo Maciel Monteiro Evangelho; o comandante geral da Polícia Militar, coronel Erir Ribeiro Costa Filho, o subchefe Administrativo, delegado Sérgio Caldas; entre outros.

Antonio Rangel, coordenador do Projeto de Controle de Armas do Viva Rio, e Luciane Patrício, Superintendente de Articulação da Secretaria de Segurança do RJ

Antonio Rangel Bandeira, coordenador do Projeto de Controle de Armas do Viva Rio representou a sociedade civil na cerimônia de destruição de armas. Para o sociólogo, a iniciativa da Polícia Civil foi muito bem-vinda porque atendeu ao apelo das Nações Unidas de que as armas apreendidas pela polícia e armas entregues pela sociedade tivessem uma pré-destruição pública. “Essas destruições se prestam a dar visibilidade ao perigo representado pelas armas, estimular a entrega voluntária de armas e promover um debate público sobre a controvérsia do uso de armas por civis”, explicou.

Em 2001, durante a Conferência Internacional da ONU, o governo do estado Rio de Janeiro promoveu a destruição pública de 100 mil armas, evento que foi aplaudido pela comunidade internacional. “Há oito anos não se promovia destruição pública de armas no Brasil. O Rio foi pioneiro ao realizar a maior destruição de armas do mundo em 2001, novamente o governo do Rio com apoio do Exército Brasileiro e a Polícia Civil retomam essa importante iniciativa. Esperemos que os demais estados sigam mais uma vez o exemplo”, completou.

Fotos: Ígor Bola e Vera Pinheiro

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